sexta-feira, 4 de março de 2011

O semeador de estrelas...


Em uma praça da velha cidade de Kaunas, na Lituânia, há uma estátua de bronze, herança dos tempos da dominação soviética sobre o país (1795, 1920, 1940, 1944-1991), que chama a atenção de quem passa. É a estátua de um homem que, durante a noite, “semeia estrelas”. 
Desde que foi esculpida e colocada lá, ficou conhecida como a estátua do “Semeador de Estrelas”.
Durante o dia a estátua não chama a atenção de ninguém, sejam moradores locais, de outras cidades e, até mesmo, turistas que todos os dias chegam à Lituânia e visitam Kaunas. 


Mas, à noite e com o facho de luz sobre ela, é possível ver as estrelas cintilando e flutuando no espaço, à medida que nos dá a impressão de que o homem semeia, com a mão direita, enquanto que, com a esquerda, segura o embornal onde, presume-se, contém outras estrelas. As estrelas se projetam logo atrás dele, a partir do seu lado direito, criando um mundo de sonhos e ilusão, como se, num passe de mágica, saíssem do embornal ou caíssem do Céu, diante dos olhos de quem olha.



"As pessoas tem estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, era ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite (porque habitarei numa delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirás, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!”.
“O Pequeno Príncipe”, Antoine de Saint-Exupéry 

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