Reprimir as nossas fantasias é uma amputação. Somos o que vivemos e também o que deliramos, sonhamos, projetamos, inventamos e ousamos. Verbos raramente praticados no nosso santificado dia a dia. Fantasiar não se resume a imaginar uma cena de sexo no elevador. É imaginar-se apartado do quotidiano conhecido, vivendo emoções mais arrebatadas, sendo uma pessoa totalmente diferente do que se é.
Lantejoula, maquiagem, pouca roupa, cores fortes: a gente tem tudo isso em estoque, nem precisa de produção. Basta fechar os olhos e olhar para dentro. Há milhares de possibilidades de sensações a serem desfrutadas sem prejuízo algum para os outros ou para nós mesmos. É o mínimo que a gente merece depois de tantos anos de, digamos, trabalhos forçados.
Passamos a vida inteira cumprindo o que esperam de nós, respeitando os sinais de trânsito, pagando os impostos em dia, decorando senhas, sendo gentis, solidários, pacientes, chegando pontualmente ao trabalho, sendo ótimos pais e mães, ótimos filhos e filhas, fazendo a casa funcionar, economizando centavos, cuidando da higiene, ouvindo desaforos de quem não nos compreende, e sem esboçar reação alguma, tudo para contribuir com a paz no mundo. Levantamos todo o santo dia com disposição: da cama para o banho, do banho para o trabalho, dia após dia, porque faz parte da vida seguir as regras e ser um sujeito decente, e não há nada de errado com isso .
E o nosso lado Marylin Monroe, Al Capone, serial killer, James Dean, Sharon Stone, viking, Cinderela? Tudo o que nos fascina, horroriza e diverte: por que não experimentar sem sair do lugar?
Fantasiar é inofensivo, saudável e de graça. Ajuda a perder peso, e não a perder o controle. Muito pelo contrário: quem tem medo do próprio pensamento é que já está comprometido.
Lantejoula, maquiagem, pouca roupa, cores fortes: a gente tem tudo isso em estoque, nem precisa de produção. Basta fechar os olhos e olhar para dentro. Há milhares de possibilidades de sensações a serem desfrutadas sem prejuízo algum para os outros ou para nós mesmos. É o mínimo que a gente merece depois de tantos anos de, digamos, trabalhos forçados.
Passamos a vida inteira cumprindo o que esperam de nós, respeitando os sinais de trânsito, pagando os impostos em dia, decorando senhas, sendo gentis, solidários, pacientes, chegando pontualmente ao trabalho, sendo ótimos pais e mães, ótimos filhos e filhas, fazendo a casa funcionar, economizando centavos, cuidando da higiene, ouvindo desaforos de quem não nos compreende, e sem esboçar reação alguma, tudo para contribuir com a paz no mundo. Levantamos todo o santo dia com disposição: da cama para o banho, do banho para o trabalho, dia após dia, porque faz parte da vida seguir as regras e ser um sujeito decente, e não há nada de errado com isso .
E o nosso lado Marylin Monroe, Al Capone, serial killer, James Dean, Sharon Stone, viking, Cinderela? Tudo o que nos fascina, horroriza e diverte: por que não experimentar sem sair do lugar?
Fantasiar é inofensivo, saudável e de graça. Ajuda a perder peso, e não a perder o controle. Muito pelo contrário: quem tem medo do próprio pensamento é que já está comprometido.
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